Um grupo de vigilância católico italiano diz que um comercial blasfemo que mostra um padre consagrando batatas fritas no lugar de hóstias foi retirado do ar.
A Associação Italiana de Ouvintes de Rádio e Televisão (AIART, na sigla em italiano) pediu na segunda-feira (8) a suspensão imediata de um comercial da empresa italiana Amica Chips, que o grupo disse “ofender a sensibilidade religiosa de milhões de católicos praticantes”. A AIART afirma em seu site que a sua missão é “inspirada nos princípios católicos”.
No comercial, uma abadessa enche um cibório com batatas fritas em vez de hóstias antes da missa. Depois disso, um padre distribui uma das batatas fritas a uma freira durante a Sagrada Comunhão.
Enquanto as comungantes ficam visivelmente surpresas ao descobrirem as batatas fritas no lugar das hóstias, a abadessa observa despreocupadamente enquanto come do saco de batatas fritas.
A AIART disse esta semana que a propaganda evidencia “falta de respeito e criatividade”, argumentando que o comercial foi um “sinal revelador de desrespeito por clientes, sua identidade cultural e moral e sua dignidade como pessoas”.
A AIART disse em seu site na terça-feira (9) que a autoridade italiana de padrões de publicidade privada, o Instituto de Autodisciplina Publicitária, “apoiou nosso apelo para a suspensão imediata do comercial”.
O comitê de controle do instituto “ordenou às partes envolvidas que desistissem da transmissão de tal campanha”, informou a AIART, com o comitê citando regulamentos que determinam que os anúncios publicitários “não devem ofender convicções morais, civis e religiosas”.
O presidente da AIART, Giovanni Baggio, disse em comunicado na terça-feira (9) que o grupo “exorta as equipes criativas a terem mais respeito pelas identidades culturais e religiosas e a trabalharem em comerciais que sejam inclusivos e que atraiam todos os usuários de uma forma que tome cuidado para não criar desconforto e desaprovação.”
“Trabalhemos juntos por uma civilização que precisa crescer no respeito pelas identidades culturais e religiosas”, disse Baggio.