Convocado pelo Arcebispado de Santiago, o objetivo do espaço era falar sobre a defesa da vida, num momento em que o Governo do Chile anunciou que irá acelerar um projeto de lei para aprovar a prática.
Neste contexto, o prelado, que tem mestrado em Bioética e é membro da Pontifícia Academia para a Vida do Vaticano, referiu-se cabalmente ao drama do aborto.
Por um lado, destacou que “por trás de uma pessoa que está grávida pode haver muita alegria, e se Deus quiser que quando nossas mães souberem que estão grávidas, eu gostaria que elas tivessem sido felizes”.
No entanto, reconheceu que “há também situações dramáticas, muito dramáticas”, como a violação, casos em que existe perigo iminente para a mãe ou para a criança; ou casos em que o bebé vem com alguma malformação, que “são situações muito complexas que devem ser tratadas adequadamente”, considerou.
Nestas situações, destacou que “o aborto é uma solução fácil, é um ato de violência que acaba com um ser humano inocente”.
Questionado sobre a adoção como alternativa para evitar o aborto em casos de estupro, Dom Chomali expressou: “há de fato situações em que uma mulher é biologicamente capaz de gerar um filho, mas não psicologicamente ou familiarmente capaz de sustentá-lo. E a adoção pode ser uma possibilidade, pode ser.”
Na verdade, garantiu que “é uma possibilidade muito superior a acabar com a vida de um ser humano inocente”.
O prelado apelou a não ser “superficial ou frívolo” diante de um drama como o estupro. No entanto, pediu “para concordar que o inocente é quem paga, por assim dizer, pela irresponsabilidade do outro, e isso não pode ser”.
Diante disso, aconselhou “uma boa ajuda psicológica, econômica, espiritual e médica” para garantir o nascimento desta criança, e depois oferecer a possibilidade de adoção.