Projeto “Cuidar da Vida – Prevenção de suicídio entre adolescentes e jovens”.

Entre os meses de junho e setembro deste ano, a Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou seis formações do projeto “Cuidar da Vida – Prevenção de suicídio entre adolescentes e jovens”. No total, 159 pessoas participaram dos cursos e estão prontas para atuar como multiplicadores nos grupos e movimentos juvenis e nas escolas.

O assessor da Comissão para a Juventude da CNBB, padre Antônio Gomes de Medeiros Filho, explica que o Projeto Cuidar da Vida nasce de um esforço da Comissão, desde 2022, tendo presente a preocupação no coração dos bispos e o anseio que tomou forma no Plano Pastoral “Ao seu lado”. No eixo 4, “Cidadania: Casa Comum e Dignidade Humana”, há a linha de ação que visa incentivar iniciativas e parcerias em vista da saúde mental das juventudes, atuando de forma preventiva com relação à dependência química, suicídio e todo tipo de violências.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o suicídio como a terceira causa de morte entre jovens de 18 e 29 anos em todo o mundo. Diante dessa realidade, a Pastoral Juvenil e a Pastoral da Educação, em parceria, propuseram a Capacitação de Agentes de Pastoral acerca da Prevenção do suicídio com o intuito de formar líderes que possam levar adiante a formação de outras lideranças locais.

“A promoção da vida das juventudes em nosso país é urgência que se faz sentir a cada dia e este projeto é uma resposta concreta aos apelos pela vida em plenitude dos jovens brasileiros”, destaca padre Antônio.

A jovem Samara Maria de Souza Oliveira, de João Pessoa, na Paraíba, participou da formação entre os dias 21 e 23 de junho, em Recife (PE), convidada pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Para ela, o curso foi “bastante engrandecedor” em seus momentos, falas e interações. Ela destacou a possibilidade de aprofundar os conhecimentos acerca do que é o tema e como lidar com a realidade do suicídio, além das partilhas de como prevenir, os testemunhos e oficinas “que nos auxiliaram na percepção de avaliar, aprender e propagar acerca do tema disposto nos três dias de curso”.

Profissionais voluntários

Contribuíram voluntariamente no processo formativo psicólogos, o padre suicidólogo Lício Vale e educadores católicos, que somam à sua experiência profissional sua atuação pastoral. Esses profissionais, comenta padre Antônio, “muito tem a contribuir com a problemática do suicídio que tem crescido em números e expressa-se em comportamentos e sentimentos que podem ser percebidos nos ambientes em que os adolescentes e jovens se encontram e, assim, ser evitado e trabalhado com aqueles que sobrevivem ou perdem desta forma, entes queridos”.


Informações – Por Luiz Lopes Jr. – CNBB