Akáthistos, hino mariano oriental cantado na semana antes do Natal, lucrará indulgência no Jubileu 2025

Cantar o hino Akáthistos é uma das ações piedosas que a igreja propõe aos peregrinos que quiserem obter a Indulgência Jubilar na peregrinação do Ano Santo em 2025, concedida pelo papa Francisco, segundo as normas para a concessão da indulgência do Jubileu 2025, publicadas em maio pela Penitenciaria Apostólica do Vaticano.

O hino oriental Akáthistos é normalmente cantado na semana que antecede ao Natal e na solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, em 1º de janeiro, e na festa da Anunciação do Senhor, em 25 de março.

A palavra Akáthistos significa literalmente “sem estar sentado” e se refere ao fato de que o hino deve ser cantado solenemente de pé. “É um hino litúrgico da Igreja grega antiga, sendo uma composição poética bem longa e organicamente estudada para celebrar o mistério da Mãe de Deus, em consonância com o mistério de Cristo”.

O conteúdo do Akáthistos é um compêndio de mariologia e cristologia, cantando o mistério da sempre Virgem Maria, desde a encarnação do Verbo Eterno divino, com a Anunciação do Anjo Gabriel a Maria até o fim dos tempos, na contemplação a Virgem Maria, unida a Cristo e à Igreja, de modo inseparável”, explicou o sacerdote.

“Ele é solenemente cantado durante o ano litúrgico oriental no quinto sábado de Quaresma. Porém, o diretório para a piedade popular e a liturgia, afirma que ele pode ser cantado em várias ocasiões e é recomendado para a piedade do clero, dos monges e dos fiéis”.

O hino foi composto pouco depois do Concílio de Calcedônia, em 451 d.C. e incorpora as doutrinas definidas nos Concílio anteriores de Nicéia (325) e Éfeso (431).

Para o liturgista, o hino é “um resumo orante de toda a doutrina da Igreja dos primeiros séculos sobre Maria”.

O sacerdote ainda ressaltou que “o mesmo documento afirma que este hino é um fruto maduro da Igreja indivisa ligando Oriente e Ocidente, podendo ser cantado em ambas as tradições eclesiais (Diretório, 207)” e por isso, “o referido hino pode ser cantado em toda a Igreja” preferencialmente “diante do ícone da Mãe de Deus e, até mesmo diante de outro ícone de Cristo, para mostrar a união da doutrina mariana da Igreja inseparável da cristologia”.

Em 8 de Dezembro de 2000, o papa são João Paulo II disse em sua homilia na celebração do hino do “Akáthistos”, na basílica de Santa Maria Maior, em Roma, que este cântico, convida “por 144 vezes”, “a renovar a Maria a saudação do Arcanjo Gabriel: Ave Maria!”. Ao celebrar Maria “com alegria e gratidão, honramos a santidade de Deus, cuja misericórdia fez maravilhas na sua humilde serva”, disse o papa.

Informações de Monasa Narjara é jornalista da ACI Digital