Você já ouviu falar na devoção a Nossa Senhora dos Navegantes?

Olá, graça e paz!

Você já ouviu falar na devoção a Nossa Senhora dos Navegantes?  Então, esta grande devoção iniciou lá na Idade Média, na época das Cruzadas, e está intimamente ligada ao título “Estrela do Mar” da Virgem Maria. 

Devido os cruzados naquela época navegarem no Mar Mediterrâneo rumo à Palestina protegendo dos grandes perigos da época os peregrinos e os lugares santos, invocavam a Santíssima Virgem Maria pelo nome de “Estrela do Mar”, pois, sob esse título, ela era conhecida como aquela que protegia os navegantes, pois com seu brilho mostrava  sempre o melhor caminho e um porto seguro.

No decorrer das grandes navegações, e a descoberta de novas rotas comerciais e terras pelo mundo, a devoção a Nossa Senhora dos Navegantes foi crescendo chegando aqui no Brasil, em especial nas cidades litorâneas, sendo assim nomeada  padroeira dos navegantes e dos viajantes, e é também chamada de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Naquele tempo, as embarcações eram menores e não tão seguras quanto as atuais. Por isso, as pessoas que viajavam de barco não sabiam se retornariam com vida. Além disso, os recursos de navegação eram quase inexistentes.

Era muito comum que os marinheiros se orientassem pelo sol, durante o dia, e pelas estrelas durante a noite. Dessa forma, a “Estrela do Mar”, que é a Virgem Maria, tornou-se a Senhora dos navegantes, que por ela se orientavam nas “noites escuras” das suas viagens.

A data que se celebra é 2 de fevereiro, no calendário litúrgico.

Uma curiosidade:

Para esclarecimento Nossa Senhora dos Navegantes não tem nada a ver com Iemanjá.

Iemanjá é um orixá feminino do Candomblé, da Umbanda e de outras crenças afro-brasileiras, que é comemorada também nos dias 15 de agosto e 8 de dezembro, datas marianas, talvez para associá-la a Nossa Senhora.

A raiz dessa associação entre ambas está historicamente ligada à religiosidade do tempo da escravatura, na qual os portugueses não permitiam aos escravos o culto aos seus “deuses”. Em vista disso, muitos escravos continuaram a cultuar essas entidades nas imagens católicas, para evitar problemas com seus senhores.


Autora: Lisa Galdino Santana – Missionária Comunidade Católica Presença
Fonte: Canção Nova