Rezar ao Preciosíssimo Sangue de Cristo é agradecer o amor derramado entregue por nós

O mês de julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus, uma oportunidade de celebrar “o mais sagrado”, disse o padre e liturgista Alexandre Nunes, dos Legionários de Cristo, “Rezar ao Preciosíssimo Sangue de Jesus é agradecer a Ele essa doação total das Suas forças, do Seu sangue que ao final foi um ato supremo de amor”.

“Jesus entregando-se na cruz nos ama e amando nos redime, pagando na sua carne nossos pecados”, disse o padre. “Só Ele era o mais perfeito homem, por ser Deus é que podia pagar o nosso resgate e assim, reabrir as portas do paraíso que nos foi fechada pelo pecado de Adão e Eva”.

Segundo o padre, na Eucaristia “Jesus quis também ter o elemento do sangue, porque para os judeus, o sangue simboliza a alma da pessoa”.

“Por isso, o cristão deve viver com devoção esse Preciosíssimo Sangue de Jesus, porque está aí a presença de Jesus vivo, ressuscitado na comunhão que se entrega a nós. Então, é assim que devemos viver como cristãos essa devoção, ser conscientes da grandeza daquilo que nos foi doado em Jesus Cristo, a Eucaristia”, frisou.

Início da devoção

Segundo o padre, a devoção com a história de são Longinus, que não aparece nos Evangelho. A tradição conta que Longinus, ou Longuinho, no Brasil, era o soldado romano que perfurou o corpo crucificado de Jesus na cruz para se certificar se ele já estava morto.

Longuinho era cego de um olho. Quando brotou sangue e água do lado perfurado de Jesus, algumas gotas caíram no seu olho. Longinus ficou curado e se converteu. O soldado recolheu o sangue e a água que tinham caído no chão e disse: “esse sangue é precioso, é poderoso” e guardou em duas ânforas, disse o padre Nunes.

O liturgista disse que no ano 37 Longinus foi a Mântua, na Itália”, como missionário. Ali, na basílica de Santo André, estão conservadas as duas ânforas com a terra que tinha recolhido são Longinus recolheu. Lá começou a confraria do preciosíssimo sangue de Jesus. Segundo o padre Nunes, até hoje, na sexta-feira Santa, a cripta é aberta “solenemente e se expõem essas ânforas”.

“É um momento extraordinário porque vai o prefeito, vai o bispo, os cônegos, vai o chefe da polícia e cada um tem a chave e também o sacristão tem uma chave; são várias chaves. E o sacristão é aquele que tem um mapa de como abrir, como girar as chaves, quantas voltas devem dar, como tem que mover um pouco a porta, puxar, empurrar para que se abram”, contou o padre.

A propagação desta devoção foi tão grande que o papa Leão III, no ano 804, atestou a autenticidade da relíquia e oficializou a devoção.


Fonte: Monasa Narjara – ACI Digital