Nossa Senhora mostrou o seu coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados.
No sábado seguinte à sexta feira da festa do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria. Jesus e Maria nunca se separaram. Disse o Papa João Paulo II que Maria foi a que mais cooperou com a Redenção. Ela gerou o Verbo humanado e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício pela nossa salvação. Os dois corações estão entrelaçados.
Nas aparições de Nossa Senhora, tanto em Fátima como na França a Santa Catarina Labourè, ela mostra seu coração cheio de compaixão pela humanidade. À Irmã Lucia, em Fátima ela falou, por exemplo da devoção dos Cinco primeiro sábados, no dia 10 de dezembro de 1925:
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no primeiro sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar”.
Nossa Senhora mostrou o seu coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos atos de desagravo para tirá-los, com devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Em recompensa prometeu-nos “todas as graças necessárias para a salvação”.
São cinco os primeiros sábados, segundo revelou Jesus, por serem “cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria”.
1 – As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2 – Contra a sua Virgindade;
3 – Contra a Maternidade Divina recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;
4 – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5 – Os que A ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.
Em 27 de novembro de 1830, na Capela das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, em Paris, a Santíssima Virgem, se manifestou à humilde noviça Catarina Labouré. A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o a Deus, num gesto de súplica. E disse:
“Este globo representa o mundo inteiro… e cada pessoa em particular”.
De repente, o globo desapareceu e suas mãos se estenderam suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos à Vós”. Virou-se então o quadro, aparecendo no reverso, um “M” encimado por uma Cruz e, em baixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede: “Faça cunhar uma medalha, conforme este modelo”. E promete: “as pessoas que a trouxerem, com fé e confiança, receberão graças especiais.”
E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo se espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la : “A Medalha Milagrosa”.
Por tudo isso, e muito mais, a Igreja celebra a solene Festa do Sagrado Coração de Maria no dia seguinte à Festa do Sagrado Coração de Jesus. São dias de muitas graças e salvação.
Fonte: Prof. Felipe Aquino