A ESPERANÇA VENCE AUSCHWITZ

Se você estivesse em um campo de concentração nazista, o que passaria na sua cabeça? Talvez, lutar para sobreviver e salvar a própria vida, concordaremos que este é um pensamento totalmente genuíno e intrinsecamente ligado à natureza humana.

Mas queremos neste artigo falar — principalmente —, do que Deus pode realizar quando encontra um coração totalmente disponível em fazer à sua vontade, lembrando que: “esta é a vontade de Deus: a nossa santificação.” (1Ts. 4, 3a)

Em 1894 nascia Rajmund (Raimundo) Kolbe, que se tornaria Maximiliano Maria Kolbe após o seu ingresso na Ordem dos Frades Menores Conventuais — um autêntico filho de São Francisco de Assis. E aqui temos um coração ao qual Deus pôde trabalhar e fazer dele um testemunho vivo do seu Evangelho.

HISTÓRIA – Maximiliano teve na sua infância uma sólida e fiel base católica, ao qual foi sustento em meio as suas decisões futuras. Como qualquer criança teve a sua fase de travessuras, e em certo dia, se atrasou demasiadamente para chegar em casa, a sua mãe nervosa, mas querendo corrigi-lo, disse: “Meu filho, se continuar assim, o que você vai ser quando crescer?”

Esta pergunta atravessou o coração do pequeno Raimundo, e com apenas 10 anos de idade se colocou a refletir sobre a sua vida, correndo assim para uma imagem de Nossa Senhora e perguntando à sua Mãe do Céu, o que ele seria quando crescer?

Como Maria nunca deixa de responder a um coração devoto — de uma forma extraordinária —, ela aparece para o menino apresentando-o duas coroas, uma branca representando a pureza, e outra vermelha representando o martírio. Com um coração abrasado de amor e com a sua ousadia na fé, ele escolhe as duas, assumindo assim a sua vocação de viver a castidade e de morrer pela Igreja.

Podemos até pensar que isso é algo distante da nossa realidade, e assim desanimarmos, mas o que Deus deseja fazer através do exemplo da vida do grande São Maximiliano Kolbe, é inflamar o nosso coração de um desejo santo.

O SEGREDO DE UM SANTO

Um dos grandes segredos da santidade de Maximiliano é o amor a Santíssima Virgem, amor esse que o fez fundar a Milícia da Imaculada, ao qual tinha por objetivo conquistar o mundo para Cristo por intermédio de Maria Imaculada.

O amor a Deus e a Nossa Senhora foi tão imenso na vida de Maximiliano, que em meio ao tempo de caos que viveu (Primeira e Segunda Guerra Mundial), o santo de Auschwitz demonstrou ser possível passar pelo sofrimento amando.

Isso é tão verdade, que no período em que ficou preso no campo de concentração de Auschwitz, ocorreu um fato que contraria a maioria do pensamento moderno que nos lança para a indiferença e individualismo, vivendo assim o que disse Nosso Senhor: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (Jo. 15, 13)

Num momento que os prisioneiros estavam para ser executados, um pai de família chamado Franciszek Gajowniczek, começou a suplicar clemência para os soldados, dizendo que temeria a morte, deixando assim os seus filhos e sua esposa, São Maximiliano Kolbe — impelido pela caridade —, pedi para morrer no lugar deste homem, sem ao menos conhecê-lo.

O que leva um homem a perdoar os pecados daquele que está prestes a matá-lo com uma injeção letal? Porque foi isso que aconteceu, quando o soldado da SS (esquadrão de proteção de Hitler) estava prestes a aplicar a injeção em Kolbe, ele oferece o braço esquerdo enquanto absolvia os pecados com a mãe direita!

Peçamos a Deus a graça de crescer na caridade a exemplo deste grande santo, e assim, progredir decididamente no caminho da santidade, sabendo que Maria Imaculada caminha ao nosso lado.

“Não tenha medo de amar excessivamente a Santíssima Virgem Maria, você nunca chegará a amá-la como Jesus amou!” (São Maximiliano Maria Kolbe)

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

Rodolfo Raimundo

Missionário Comunidade Católica Presença