Aqueles que desejam ajudar, sobretudo os membros da família, devem manter os ganhos do tratamento, estimulando sempre o novo comportamento. Para isso, é possível lançar mão de uma prática estratégia de apoio. Ela consiste em:
-resistir à tentação;
-buscar algum grupo e integrar-se a ele;
-reconhecer e administrar as recompensas.
É hora de “manter o ritmo”
Para ilustrar de modo claro e simples o sair do vício como um processo de mudança, trago a figura de uma bicicleta. Uma vez em movimento, é preciso que o ciclista mantenha-se em equilíbrio, para que não caia nem se machuque. Para isso, é essencial que a bicicleta não pare, pois isso fatalmente levaria o seu condutor à queda. Nesse caminho, pode haver distrações que tentem o condutor a parar. Para isso, é bom que haja interação com outros ciclistas que seguem na mesma direção. Por fim, concluo a comparação lembrando o quanto é importante sentir o vento, a sensação de liberdade e de prazer no ato de pedalar, aproveitando bem as recompensas dessa prática saudável.
Essa fase do tratamento exige maturidade para entender que é preciso, mais do nunca, vigiar, pois se manter no caminho iniciado exige da pessoa um constante e renovado compromisso para, assim, evitar a recaída. Como em uma dança, é hora de “manter o ritmo” para não tropeçar, desequilibrar-se e cair. A atenção aos passos agora é fundamental, pois a música segue e o dançar da vida continua.
“Assim, quem crê estar firme, tenha cuidado para não cair” (1 Coríntios 10,12).