O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, participou na terça-feira, 3 de dezembro, em Brasília (DF), do “Summit” 2024 – o encontro “Preparando o Futuro” dos Clubes Paralímpicos e Paradesportivos”, promovido pelo Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos. O encontro acontece de 2 a 6 de dezembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
O secretário-geral da CNBB participou do painel “Fé e Esporte” no qual apresentou uma reflexão sobre a relação e o interesse da Igreja Católica na promoção do esporte. Segundo ele, a relação entre a Igreja e o esporte é uma expressão concreta do que significa evangelizar integralmente o ser humano.
Dom Ricardo retomou a visão do Papa Francisco sobre a prática esportiva. “Em diversos discursos, o Papa afirma que o esporte não é apenas um meio de entretenimento, mas um instrumento para formar pessoas solidárias e comprometidas.
O bispo auxiliar de Brasília também apresentou a visão do prefeito para o Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano, cardeal José Tolentino de Mendonça que entende o esporte como prática capaz de promover a cultura do encontro, transcender barreiras e criar conexões humanas profundas.
Promoção das pessoas com deficiência
Outro aspecto abordado por dom Ricardo, foi a atuação da Igreja Católica na defesa e promoção das pessoas com deficiência. “A Igreja vê as pessoas com deficiência como uma presença profética que desafia a reconhecer o valor intrínseco de cada vida humana”, afirmou.
Dom Ricardo falou que o futuro aponta para uma maior integração entre fé, cultura e esporte, por meio de iniciativas conjuntas entre organismos da Igreja como a CNBB, o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), o Dicastério da Educação e Cultura e a recém estabelecida cátedra Guido Schäffer na PUC Rio.
Para o secretário-geral da CNBB, a relação entre fé e esporte é um terreno fecundo de evangelização, que promove a dignidade humana, a inclusão e o encontro entre culturas e gerações. “Como Igreja, somos chamados a enxergar no esporte não uma prática recreativa, mas um caminho de comunhão e testemunho cristão no mundo”, afirmou dom Ricardo.