Os Estatutos do Opus Dei foram promulgados pelo Papa São João Paulo II em 1982. Escritos em latim, eles definem com precisão a configuração jurídica da Prelazia, sua organização e suas finalidades.
O motu proprio “Ad charisma tuendum”, relatou em 24 de julho de 2022, pediu ao Opus Dei que “facilitasse uma evangelização eficaz”, “promovesse um espírito ecumênico fecundo” e se envolvesse em “diálogo construtivo com todos”.
Após o Motu Proprio, a Prelazia trabalhou na modificação dos Estatutos conforme ordenado pelo Papa Francisco, uma tarefa que a Prelazia está realizando em coordenação com o Dicastério do Vaticano para o Clero, a quem o Papa confiou o acompanhamento dos trabalhos, talvez porque a maior parte das relações da Prelazia com o Vaticano trata de assuntos sacerdotais, embora 98% de seus membros sejam leigos. Dom Fernando Ocáriz, Prelado do Opus Dei, afirmou em mensagem datada de 25 de janeiro de 2025: “Continuemos rezando muito pelo estudo dos Estatutos da Obra. Embora o fim e o resultado final desta obra não dependam de nós, mas da Santa Sé, parece-me provável que ela seja concluída ainda este ano.” A reforma visa que o governo do Opus Dei seja “baseado mais no carisma do que na autoridade hierárquica”. Na mesma mensagem, o Prelado destacou que “este ano abre-se também com a perspectiva do Congresso Geral ordinário da Obra, que se realizará entre o final de abril e o início de maio”.
A reforma dos Estatutos está prevista no n.º 181 do texto que reserva à Santa Sé tanto a modificação como a introdução de novas normas a pedido do Congresso Geral do Opus Dei. Quando a iniciativa parte da Prelazia, a segurança jurídica da necessidade de mudanças é garantida pela proposta e ratificação de três Congressos Gerais conforme os Estatutos. Neste caso, a Santa Sé solicita as modificações e não exige esse procedimento, portanto as mudanças serão feitas no próximo congresso extraordinário. Dom Ocáriz acrescentou: “Além de analisar em profundidade a proposta de mudanças nos Estatutos, também será uma oportunidade para estudar as conclusões das assembleias regionais, que ocorreram em todas as circunscrições territoriais da Obra. É encorajador ver o desejo de fidelidade e apostolado que se encontra nestas conclusões.”
O Prelado pediu orações pelo Papa e pelas áreas devastadas pela guerra na Terra Santa e na Ucrânia, para que “a graça do Ano Jubilar leve toda a humanidade a passar pela Porta Santa, que é Cristo. Ele é a nossa paz e a nossa esperança.”