Texto referencial: Jesus dizia-lhes: “O Reino de Deus é como alguém que lança a semente na terra. Quer esteja dormindo acordado de dia ou de noite a semente germina e cresce, sem que ele saiba como” Mc 4,26-28.
Jesus sempre se mostrou um profeta, um evangelizador um bom pastor. Jamais como professor. Portanto não veio fundar uma academia, uma escola de rabinos, ou de sociologia, mas quis conquistar discípulos, ouvintes e seguidores. Por isso, falava em parábolas, ou seja, através de comparações: se referia ao Reino de Deus, usando símbolos como a semente que é preciso plantar e colher ou então falava em trabalhadores, pescadores, ou seja pessoas que tem uma missão.
O Reino de Deus … trata-se do Reino de seu Pai. Não falou de monarquia…império, de mera democracia. Supõem, sim, a dimensão sócio política ou sócio econômica. Pregou num mundo adverso: um império romano, truculento, politizado, que não brincava em serviço. Por isso mesmo, Jesus falou do Reino de Deus: supôs que convivíamos, que precisávamos de conversão, de solidariedade, de amor, e de justiça foi, por isso, bastante claro, dizendo: convertei-vos e crede. Portanto seu Reino tem uma dimensão axiológica e escatológica. No céu somente o Pai é o Senhor.
Por isso, o Reino de Deus permanece para sempre. Não há impostos, mas não deixa de ter condições para entrar: Amor, conversão, fraternidade, solidariedade, justiça e verdadeiro culto. Trata-se de um Reino que nasce pequeno, mas que deve crescer: quantificar-se qualificar-se na sua produção, (parábola da mostarda). No Reino de Deus não há fome, nem injustiças, mas segurança, alegria e meios de subsistência. Deus garante o futuro, mas quer nossa colaboração filial e eficiente.
O reino de Deus, é certamente, um conceito teológico, mas é também uma realidade sociopolítica, porque é composta de homens e mulheres. Tem um aqui e um depois (escatológico). Mas o depois depende do aqui: por isso, é preciso produzir muitos e bons frutos. Não só, é preciso repartirmos. O reino de Deus é família, onde o pecado é a cizânia e o amor, o fruto bom. Portanto, valer-se unilateralmente do poder é diabólico, mas servir evangelicamente é cristão. É coisa do Reino de Deus. É preciso aprende-lo, constante e eficazmente.
Uma pergunta: Nossas comunidades cristãs são verdadeiros Reinos de Deus, ou não há cizânias demais? Não é por isso que muitos tem pressa para que o Cristo volte logo? Mas não é este o caso. A solução é assumirmos o Evangelho. Vivendo-o.