Foi publicado nesta terça-feira, 25 de junho, o comunicado de imprensa sobre a Reunião do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo.
Nos dias 23 e 24 de junho de 2024 – destaca uma nota da Secretaria Geral do Sínodo -, reuniram-se presencialmente e por videoconferência os membros do XV Conselho Ordinário, acompanhados por alguns Consultores da Secretaria Geral do Sínodo, para discutir uma primeira versão do Instrumentum Laboris (IL), o instrumento de trabalho para a Segunda Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
Após a reunião de teólogos e teólogas no início deste mês (4-14 de junho de 2024), que articularam os relatórios recebidos pela Secretaria Geral, foi elaborada uma versão inicial do futuro documento. Além dos membros do Conselho, esse primeiro texto também foi enviado a cerca de setenta pessoas, representando todo o Povo de Deus (sacerdotes, consagrados e consagradas, leigos, representantes de realidades eclesiais, teólogos, agentes pastorais e um número significativo de pastores) de todo o mundo, de várias sensibilidades eclesiais e de diferentes “escolas” teológicas.
O cardeal Mario Grech, Secretário Geral da Secretaria Geral do Sínodo explicou que “queríamos realizar essa ampla consulta para permanecermos coerentes com o princípio da circularidade (o que vem das bases, volta para as bases) que animou todo o processo sinodal. Essa verificação do material elaborado à luz dos relatórios recebidos também pretende ser um exercício, por parte da Secretaria Geral, da prestação de contas (accountability) que caracteriza a Igreja sinodal e que, tenho certeza, testemunhará a autenticidade do trabalho sinodal”, destacou.
O comunicado de imprensa salienta ainda que a reunião também incluiu uma análise sobre o andamento do processo sinodal, especialmente neste período entre as duas sessões da Assembleia. Dos relatórios dos membros do Conselho, emergiu de forma geral um sentimento de gratidão e confiança pelo caminho que foi percorrido. O Relatório Síntese da Primeira Sessão foi bem recebido pelas comunidades locais porque foi fiel aos frutos de sua escuta.
A iniciativa de convocar vários párocos em Roma também foi muito apreciada – sublinha a nota -, não apenas porque cumpriu-se uma indicação dada pela Assembleia em outubro de 2023, mas porque a reunião permitiu a escuta real dos mais de 200 párocos reunidos em Sacrofano, agora investidos pelo Papa Francisco com um verdadeiro mandato de missionários sinodais.
Por fim, muitos sublinharam o apreço que o método da conversa no Espírito encontrou em muitas realidades eclesiais, tanto que foi adotado em não poucas dioceses como método de “trabalho” nos conselhos diocesanos e paroquiais, até as reuniões das Conferências Episcopais. “É o mais belo presente deste sínodo”, disse um dos participantes.
Os trabalhos deste ano, apesar da brevidade do tempo disponível, ajudaram os fiéis a entender que este sínodo é sobre sinodalidade e não sobre resolver este ou aquele problema, mas sobre entrar em uma dinâmica de conversão pastoral, de um estilo de ser e viver a missão da Igreja, confiando no apoio do Espírito Santo. Por fim, houve um claro convite para vincular o atual processo sinodal mais de perto ao caminho de preparação para o Jubileu, principalmente por meio da oração.
Na manhã de segunda-feira, 24 de junho – destaca ainda o comunicado -, os membros do Conselho foram recebidos em audiência pelo Papa Francisco, que os incentivou a continuar seu trabalho. Os participantes também aprovaram um esboço do programa para a próxima assembleia. Os trabalhos foram reforçados pela celebração comum da Eucaristia.
Concluídos os trabalhos do Conselho e a ampla revisão, uma nova versão do Instrumentum Laboris será redigida e enviada ao Conselho Ordinário para aprovação. O novo documento será, enfim, submetido ao Santo Padre para aprovação final. Espera-se que o texto seja publicado nos primeiros dez dias de julho.