Santas Perpétua e Felicidade

Santa Perpétua era uma jovem nobre de Cartago, e Santa Felicidade era sua escrava e estava grávida. Ambas foram convertidas ao Cristianismo durante um período de intensa perseguição aos cristãos pelo imperador romano. A fé cristã era vista como uma ameaça ao paganismo romano e, portanto, os seguidores do Cristianismo enfrentavam perseguições e até mesmo a morte por sua fé.
A conversão de Santa Perpétua e Santa Felicidade é um exemplo marcante de como a mensagem do Evangelho pode transformar vidas, mesmo diante da pressão para renunciar à sua fé cristã, essas santas permaneceram firmes, demonstrando uma profunda confiança em Deus e em Seu amor.

Santa Perpétua e Santa Felicidade foram presas juntamente com outros cristãos por desafiar as leis romanas que proibiam a prática do Cristianismo. O Pai de Perpétua era o único de sua família que não era cristão e, portanto, lutava de todas as maneiras para convencer a filha a abandonar sua crença e assim salvar sua vida. Diante de toda insistência do pai ela diz: “Meu pai, vês no chão esse vaso ou jarro, ou como queira chamar?”. Ele respondeu: “Vejo”. Então eu lhe digo: “Acaso é possível chamá-lo de outro modo?”. Ele respondeu: “Não”. “Da mesma maneira, eu não posso me chamar outra coisa que “cristã.”
Felicidade estava aflita e com medo, não porque estava condenada ao martírio, mas sim porque sua execução poderia ser adiada, pois ela estava grávida de oito meses e de acordo com a lei romana, uma mulher grávida só poderia ser condenada ao martírio, após dar a luz ao seu filho. Três dias antes dos jogos, após o grupo fazerem suas orações, Felicidade traz ao mundo uma menina, que é entregue a uma mulher da comunidade. Um carcereiro ironiza: “Se agora te queixas, o que haverás quando fores lançadas as feras?” E Felicidade lhe responde: “Agora sou eu que sofro, porém outro estará em mim que padecerá por mim porque eu padecerei por Ele”.
Ainda na prisão, Perpétua escreve em um diário as atrocidades que viveu naquele lugar, ressaltando a sua coragem e amor a Cristo. Esse diário é considerado um dos textos cristãos mais antigos, ele é conhecido hoje como: a Paixão das Santos Perpétua e Felicidade

Seus martírios foram realizados perante uma multidão em um espetáculo público, onde foram amarradas e deixadas para serem atacadas por uma vaca ou talvez um touro que as chifrou e as pisoteou e finalmente mortas por espadas.
O exemplo de Santa Perpétua e Santa Felicidade continua a ressoar através dos séculos, desafiando os cristãos de todas as épocas a permanecerem fiéis ao Evangelho, mesmo diante de dificuldades extremas. Suas vidas e martírios nos lembram que a verdadeira liberdade e a verdadeira paz vêm através de uma relação profunda com Deus, que vale a pena qualquer sacrifício terreno que possamos enfrentar.

Oração a Santa Perpétua e santa Felicidade:

“Deus todo-poderoso, que destes às mártires Santas Perpétua e Santa Felicidade a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também na nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como elas não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.” Amém.

Santa Perpétua e Santa Felicidade, rogai por nós.

Autora: Flaviane Macedo Alves Rodrigues

Missionária Comunidade Católica Presença