Joaquim e Ana, segundo relatos, eram estéreis. Não podiam gerar filhos, e para os judeus daquela época, isso era sinal da falta de bênção e da graça Divina. Quando Joaquim foi fazer uma oferta a Deus e um homem o repreendeu por não ter filhos, Joaquim então decidiu retirar-se para o deserto. Durante quarenta dias e quarenta noites, onde suplicou a Deus, entre lágrimas e jejuns, que lhe desse descendentes. Ana também passou dias em oração, pedindo a Deus a graça da maternidade. Assim, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O anúncio da gestação veio por meio da visita de um anjo que lhes deu a boa notícia. Maria, filha do casal, foi criada com o cuidado carinhoso do pai e a atenção amorosa da mãe. Quando a filha completou 3 anos, Joaquim e Ana levaram-na ao Templo, para consagrá-la em sinal de agradecimento a Deus.
A graça de conviver com os avós!
Em minha vida tive a graça de conhecer minha avó paterna Cecília, que faleceu quando eu ainda era criança, mas me recordo mesmo quando estava doente na cama, quando chegávamos para visitá-la ela logo se sentava e arrumava o cabelo, e ali estava pronta para ouvir e conversar. E hoje ainda tenho o privilégio de conviver com meus avós maternos, minha avó Maria e meu avô José, essa duplinha nos enche de orgulho e são para nossa família um exemplo de amor, fidelidade, renúncia, zelo, cuidado, e principalmente de fé, enfim 65 anos casados não é pra qualquer um.
Mesmo em meio às enfermidades da vida, continuam cuidando um do outro. Há 13 anos meu avô teve AVC onde as sequelas foram a perda da fala e o movimento do lado direito. Foi um momento difícil em minha família, mas com o tempo pude perceber o quanto isso nos aproximou dele e como Deus nos dá a graça de compreender o que ele quer na maneira de se expressar e mostrar algo. Minha avó também teve AVC, o que a limitou um pouco da visão lateral. Isso tudo faz com que meus tios e tias revezam dia e noite para ficar com eles.
Mas mesmo com todas essas dificuldades sempre que chegamos na casa deles nos recebem com sorrisos e não deixam de nos dar a benção, (e aí daquele que não pede a benção rs), minha avó adora contar as histórias da vida deles e meu avô sempre atento ri e confirma com a cabeça.
Claro que nem todos os dias são flores, acontece reclamações, um não estou bem daqui, não estão bem dali, mas sempre ao fim da tarde os dois sentam na sala e rezam o terço acompanhando pela TV.
A fé deles nos inspira, a garra e a vontade de viver e cuidar um do outro mesmo nas limitações nos mostra que há 65 anos tomaram a decisão de viverem juntos e cumprir as promessas feitas diante do altar.
Desejo que neste Dia dos Avós possamos olhar para os nossos e aprendermos com o quanto eles têm a nos ensinar e render graças a Deus pela oportunidade de poder abraçá-los e estar com eles.
Por isso rezemos:
São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus, exemplos de perseverança na fé e na criação da mãe do Salvador, intercedam a Jesus por todos os avós neste dia. Amém.”
São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!
Flaviane Alves, Missionária na Comunidade Católica Presença há 8 anos, membro de aliança, sou casada, mãe e moro em São João da Boa Vista/SP.
Referencias: https://osaopaulo.org.br/destaque/sao-joaquim-e-santana-escolhidos-por-deus-para-gerar-a-virgem-
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-joaquim-e-santana-avos-de-jesus/
