Graça e Paz!
Querido amigo, neste mês de Setembro a Igreja celebra a memória de São Pio de Pietrelcina (frade e sacerdote católico, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos), que ainda em vida foi alvo da veneração popular, principalmente por seus dons espirituais, como: o dom da bilocação, o dom da levitação, das curas milagrosas, dos perfumes que exalavam, etc. Mas, apesar desses dons extraordinários que Padre Pio possuía, algumas características marcantes me chamam a atenção, e me ajudam a mergulhar no mistério da cruz de Cristo. Primeiramente a vida de oração de Padre Pio, de profunda intimidade com Deus, com Nossa Senhora, e com seu Anjo da Guarda, a quem ele chamava de Amigo. Desde criança ele era muito zeloso com as coisas de Deus, e vários relatos atestam que continuamente ele via Jesus e Nossa Senhora, que vinham para brincar com ele. Seu Anjo da Guarda lhe ajudava na escola, e já na fase adulta, quando Padre Pio recebia cartas em outras línguas, o seu Anjo da Guarda as traduzia. Através da vida de oração, Padre Pio se ofertava a Deus, pois confiava em Seu amor, e também acolhia generosamente a vontade de Deus em sua vida.
O segundo ponto que quero apresentar é justamente o acolhimento, pois ele percebeu que sua missão era acolher em si o sofrimento do povo, e recebe de Cristo os sinais da Paixão em seu próprio corpo. Através do sacerdócio de Padre Pio, Deus queria aliviar o sofrimento da humanidade. Então, Padre Pio, se entregou inteiramente ao ministério da confissão, onde libertava as almas das garras do demônio, e as reconduzia no caminho de comunhão com Deus. O terceiro ponto é a misericórdia. Dispensador da misericórdia divina, Padre Pio, atraía multidões de fiéis aos confessionários, e mesmo que os tratava com aspereza, era para lhes abrir a mente, a fim de ter consciência da gravidade do pecado, e estes fiéis se arrependiam e buscavam conversão sincera. Assim, como Padre Pio, nós somos chamados à intimidade com Deus, a também ofertar nossas vidas em favor do próximo, para que participando no mistério da Cruz, possamos experimentar a alegria da Ressurreição.
Tenho certeza de que Padre Pio cumpriu sua missão com fidelidade a Deus até o fim, pois na madrugada do dia 23 de Setembro de 1968, com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, ele descansou em paz. Termino esse artigo com palavras do Papa João Paulo II, na ocasião da canonização de Padre Pio: “Acima de tudo, ele foi um religioso que sinceramente amou a Cristo crucificado… Ele participou no mistério da Cruz”.
Abraço Fraterno,
Débora Faria – Missionária da Comunidade Católica Presença