Quem foram São Simão e São Judas Tadeu?
São Simão, o Cananeu
Conhecido como Simão, o Cananeu (ou Simão, o zelote), ele é um dos apóstolos de Jesus mencionados no Novo Testamento da Bíblia. Muitas vezes chamado “Cananeu” ou “Zelote” para distingui-lo de Simão Pedro. O termo “Zelote” sugere sua associação com o movimento zelote, um grupo judaico que resistia à dominação romana na Judeia. No entanto, o seu envolvimento com o grupo não fica claro nas Escrituras.
Algumas fontes o identificam com o primo homônimo de Cristo, irmão de Tiago, o Menor, e irmão também de Judas Tadeu, enquanto outras o definem como Natanael de Caná e o organizador do banquete das Bodas de Caná. Embora tradição a respeito de Simão seja bastante vaga, sabemos que ele escolhido por Jesus para ser um dos Doze Apóstolos. Desse modo, desempenhou um papel importante em seguir e servir Jesus durante o ministério terreno de Cristo.
São Judas Tadeu
Em um contexto onde havia dois apóstolos com este mesmo nome, Judas Tadeu é frequentemente menos conhecido. Embora seja algumas vezes confundido com Judas Iscariotes, o traidor, sua linhagem é traçada com maior clareza na Bíblia. De acordo com as Escrituras, o pai de Judas Tadeu era Alfeu, irmão de São José, o pai adotivo de Jesus. Além disso, a mãe de Judas Tadeu, Maria de Cléofas, era prima da Virgem Maria. Esses laços familiares aproximaram este apóstolo do Salvador de uma maneira única.
Quando os Onze apóstolos deixaram Jerusalém para anunciar o Reino de Deus em outras regiões, Judas Tadeu partiu da Galileia e da Samaria. Ele viajou ao longo dos anos para a Síria, Armênia e a antiga Pérsia, onde se juntou a São Simão. Juntos, eles pregaram o Evangelho, converteram dezenas de milhares de pessoas e batizaram muitos, até o dia derradeiro em que derramaram o seu sangue pelo Reino de Deus.
São Simão e São Judas Tadeu: martírio e iconografia
Além de aparecerem lado a lado nas listas dos apóstolos do Novo Testamento, eles evangelizaram juntos a região da Pérsia. São Fortunato de Poitiers afirma, segundo alguns relatos, que Simão e Judas Tadeu teriam sido martirizados e enterrados em Suanir, na Pérsia, após pregarem na região. Depois de algum tempo seus corpos foram transladados para a Basílica de São Pedro, no Em Roma, onde estão até hoje.
Nas imagens, é comum encontrarmos São Simão segurando um livro aberto em uma de suas mãos, simbolizando seu papel na evangelização, enquanto na outra ele segura um serrote, que representa o instrumento de seu martírio.
São Judas também é frequentemente retratado com um livro em uma das mãos, a fim de simbolizar a palavra de Deus que ele proclamou. E, da mesma forma, na outra mão, segura o objeto de seu martírio, que foi uma alabarda, uma espécie de machado.



