Ser Homem para salvar vidas.

Ser Homem para salvar vidas!

 “Sê corajoso: porta-te como homem.” (I Reis, 2,2)

Como se tornou difícil ser homem na sociedade e no mundo, onde se perdeu a referência de masculinidade. Não se ensina mais a verdade do que é ser homem e as referências que são apresentadas deseducam e iludem o homem em sua maneira de “ser”.

Para a salvação da vida, preservação da família e dos valores, tornou-se importantíssimo a figura de homens cheios de autênticas virtudes, próprias de sua masculinidade para a construção da verdadeira civilização do amor.

Que tipo de homem devemos ser?

É importantíssimo recuperarmos a verdade sobre a nossa identidade. Olhando para o corpo do homem que fala sobre a masculinidade, vamos juntos analisar alguns pontos que são diferentes do corpo feminino.

De forma geral, o corpo masculino possui mais músculos, a pele é mais grossa, possuem maior quantidade de pelos no corpo, a voz mais grave, isso mostra uma característica física voltada para o ataque, para o enfrentamento e para a luta. Diferente então do corpo feminino que é mais delicado e sensível.

Os órgãos genitais masculinos, por exemplo, são externos “para fora”. Isso se vê refletido no plano psicológico masculino. Pois os interesses do homem são naturalmente postos no externo, fora dele e tende mais à ação do que à contemplação. Sente uma necessidade interior de tomar a iniciativa e de agir no mundo externo “quer construir o mundo”.

A força do corpo masculino mostra algo profundo, revelando a força interior que possui. A característica física da força aponta para a profunda realidade que a verdadeira masculinidade exige a “força interior”. Na verdade, quão frustrante é achar um homem que sacrifica e paga qualquer custo para ter um ótimo físico, mas parece ser incapaz de resistir a qualquer tentação que sofre. Portanto o homem deve ter em mente que ele é a imagem da força de Deus para a sociedade que vivemos.

Qualidades externas são valorizadas pelo mundo, mas o valor delas é superficial. Se um homem não possui força interior, ele está andando em contradição com o que significa ser homem. É por isso que o valor do soldado só é revelado sob a pressão da batalha.

Muitos homens são feridos em sua masculinidade, justamente por essa falta de modelo, pela imagem distorcida ou ausente de masculinidade, pois não houve alguém que o provocasse a se tornar homem espiritualmente falando, em suas decisões, em seu trabalho e em seu caráter. O Cristianismo nos deu um ideal de masculinidade e aperfeiçoou, resumindo tudo numa palavra: SACRIFICIO. Por isso o ideal masculino: é CRISTO.

“Ser homem é oferecer um sacrifício”

 Ele é o homem perfeito, que restitui aos filhos de Adão semelhança divina, deformada desde o primeiro pecado. Já que, n’Ele, a natureza humana foi assumida, e não destruída, por isso mesmo também em nós foi ela elevada a sublime dignidade. Porque, pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.

Cordeiro inocente mereceu-nos a vida com a livre efusão do seu sangue;        n ‘Ele nos reconciliou Deus consigo e uns com os outros e nos arrancou da escravidão do demónio e do pecado. De maneira que cada um de nós pode dizer com o Apóstolo: o Filho de Deus “amou-me e entregou-se por mim” (Gál. 2,20). Sofrendo por nós, não só nos deu exemplo, para que sigamos os seus passos, mas também abriu um novo caminho, em que a vida e a morte são santificados e recebem um novo sentido. (GAUDIUM ET SPES. N°22)

Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si. (Efésios 5, 25-28)

Cristo é o modelo para todos os homens. Fomos chamados para fazer sacrifícios para o bem dos outros, e não sacrificar os outros egoisticamente para o nosso bem. Nas palavras do lema Jesuíta, nós devemos ser “Homem para os outros”. Ser homem é dar a vida. (“Homens, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja” (Efésios 5). E como Cristo Amou? Dando a vida por ela. Daí a noção de virilidade associada à luta. (Vir do latim significa homem). Viril é aquele que luta. O homem varonil, é aquele que luta pela sua pátria, sua família, seu povo defendendo os mais fracos.

Masculinidade, portanto, é uma viagem, uma tarefa e um desafio. Fazer-se homem! Tornar-se homem! A masculinidade é natural, mas não é espontânea. É preciso educar-se para ela. E hoje em dia a masculinidade está correndo um grande perigo, vejamos!

  1. Extremos: homens durões, ríspidos, brutos, violento, injusto e mau.
  2. Extremos: o homem que perdeu a fibra, sem firmeza e sem segurança.
  3. A moda gay / A Ideologia de gênero.

 Qual seria então, o ideal cristão de masculinidade?

O homem gentil, educado, cavalheiro com a mulher, mas corajoso e forte para proteger a família e os filhos. Daí vem outras virtudes espirituais da missão do homem que é a iniciativa, protetor, provedor, disciplina, honradez e a paternidade.

A Masculinidade chega ao seu ápice, na paternidade. O homem se realiza quando entende e assume que nasceu para ser pai. E sendo pai revela ao mundo a paternidade Divina de Deus, sendo o Ícone da Paternidade de Deus.

É tarefa masculina de iniciar o dom da vida, um jovem deve escolher sabiamente quando e através de quem ele trará a vida ao mundo. Pense profundamente nisso: “o jovem que se abstém do sexo até o casamento, está na verdade fazendo o que é melhor para a sua futura criança, não a concebendo. Sabe que agora não é o tempo para se tornar pai”. Então, ele sacrifica os seus desejos pelo bem dos outros.

“Ser pai é ser homem para os outros”

Não podemos ser como homens que escolhem brincar com o futuro dos outros. Onde desprezamos a sabedoria de esperar e satisfazemos os nossos impulsos sexuais a custas de mulheres e crianças.

A própria natureza do amor criativo de Deus, está estampado na anatomia masculina. Isso é uma forma que podemos refletir a imagem e semelhança de Deus na nossa masculinidade; nós iniciamos o dom da vida. A mulher não. Ao contrário, ela o recebe. Assim, as Escrituras não chamam Deus de nossa mãe. Deus não recebe a vida de ninguém. Ele é o autor da vida. Esse fato não faz os homens melhores que as mulheres, porque os dois foram feitos à sua imagem e semelhança. Nós homens iniciamos o dom da vida, mas o corpo da mulher se torna tabernáculo da vida. O milagre da concepção ocorre dentro dela.

Ser pai é um dom, nada na terra é melhor que a paternidade. Prazer, saúde, realização e sucesso podem ser satisfatórios, mas eles são incapazes de nos completar. Paternidade, por outro lado, é eterna. Nas palavras da Igreja “filhos são realmente o dom supremo do casamento”.

A missão de ser pai é algo que todo o homem é chamado, na virtude de ser homem. Este chamado esta estampado em nossos corpos! Mesmo que você tenha a vocação ao sacerdócio você é chamado a ser pai, na imitação de Cristo. Até mesmo aqueles que não sentem o chamado do sacerdócio ou pela vida de casado, ainda são chamados a se tornarem pais na sua própria maneira. É inevitável que seus colegas, sobrinhos e sobrinhas, vizinhos e até jovens primos olharão como um modelo de como um homem deve viver. E é em Deus Pai que está a fonte de toda a paternidade “Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra”. (Efésios 3, 14-15).

Olhando para Deus, vamos aprender a ser pais de verdade, pois Ele é a fonte de toda a paternidade.

O que é ser pai?

O pai é necessariamente proteção, defende a sua mulher seus filhos dando a vida e enfrentando os perigos. Pai é o líder da família aquele que protege, derramando o seu sangue para proteger a sua família e se entregar por ela. Assim como Cristo amou a igreja e se entregou por ela, doando a sua vida se sacrificando. Ser pai é ser família, a vida do pai é família, sendo a cabeça da família, o pai é o primeiro a servir o primeiro a se doar.

“Não estamos como pai, somos pais a paternidade é a nossa identidade mais profunda”.

Pai é o provedor, que sai para prover o alimento para a sua casa, para a sua família, mas é ele que prove o alimento espiritual com paternos conselhos. O pai é aquele que vai colocar limite nos filhos, vai ser a disciplina, os filhos que veem os pais rezando logo são arrastados pelo testemunho do mesmo. O pai é o guia espiritual de sua família!

Portanto você é filho de Deus, é sua missão ser imagem e semelhança do Pai na Terra. Fazendo isso – e vivendo de acordo com o plano de Deus para você que foi estampado no seu corpo – você trará vida ao mundo.

Sejamos então homens e pais, que doando a nossa vida vamos trazer vida ao mundo.

Ser homens para salvar vidas!

Cid Gonçalves- Missionário da Comunidade Católica Presença