Concluiu-se nesta sexta-feira com a tomada de posse da nova presidência a 57ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida. A Santa Missa no Santuário Nacional foi presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
No dia de ontem foram eleitos os últimos presidente de Comissões de Pastoral. Dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS) foi eleito, em primeiro escrutínio, por maioria absoluta dos votos, como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Dom Nelson Francelino, bispo de Valença (RJ), foi eleito para a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude para o próximo quadriênio. E dom Joaquim Giovani Mol, bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), foi eleito para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Nos dias passados foi eleita a nova presidência: dom Walmor sucede ao Arcebispo de Brasília (DF), o cardeal dom Sérgio da Rocha. Primeiro vice – Presidente: o arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler, foi eleito como primeiro vice-presidente; o segundo vice-presidente é o bispo de Roraima, dom Mário Antônio da Silva.
Secretário Geral: foi eleito como novo secretário-geral da CNBB, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portella Amado.
Novas Diretrizes Gerais
Outro momento importante dessa Assembleia Geral foi a aprovação por parte dos bispos das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evagelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023).
O foco central das Novas Diretrizes é mais uma vez um novo chamado de retorno às fontes para olhar a experiência das comunidades primitivas e inspirados por elas formar, no hoje da história e na realidade urbana, comunidades eclesiais missionárias.
O padre Manoel de Oliveira Filho, membro da Comissão do Texto Central fala de quatro pilares das Diretrizes: a) Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; O pilar do Pão que é a casa sustentada pela liturgia e sobre a espiritualidade; o pilar da Caridade que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno e sobre o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis; o pilar da Missãoporque é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária.
A realidade urbana, fragmentada, carregada de luz e de sombras, mas também cheia de potencialidades, é definida pelo padre muito mais do que um lugar social geográfico mas como uma mentalidade e cultura. “Nesta realidade a Igreja é convidada a ser presença. Como casa. Como comunidade eclesial missionária”, reafirmou.
A diretrizes, segundo ele, apontam para um rumo muito bonito, porque partem de uma perspectiva de encontro com Deus e com os irmãos, numa dinâmica de acolhida, de portas abertas, de ir ao encontro, de espera e acolhida ativa para formar as comunidades. As Igrejas e comunidades são convidadas, segundo o que propõe as novas diretrizes, a serem luzeiros no meio do mundo. O religioso afirmou que as comunidades podem estar em qualquer lugar: no condomínio, numa praça, no trabalho. “Mas também nas paróquias, comunidades, nos colégios católicos, nas obras sociais”, disse.
“As novas diretrizes apontam para rumos e horizontes muito bonitos de avanço, de comprometimento
Após a assembleia, o religioso aponta que todas as instâncias, as pastorais e organismos, e as Igrejas particulares, toda vida eclesial precisam entrar mesmo neste rumo, na direção apontadas pelas Diretrizes. “Seguir este caminho, acreditar no projeto e proposta. Vamos todos precisar, como todo a vida de Igreja, fazer um caminho de conversão, ler estudar, colocar na mente e descer para o coração para transformar em realidade”, conclui.